É comum o receio quanto ao uso da expressão “mais bem”. Afinal, aprendemos que essa expressão deve ser substituída pelo seu termo comparativo de superioridade, o advérbio “melhor”. No entanto, há situações em que o emprego de “mais bem” não somente é correto, mas obrigatório.
Observe essa frase:
O atleta nadou melhor que os outros e conquistou a medalha de ouro.
Nesse caso, o uso do termo “melhor” é obrigatório porque o que está sendo qualificado é a ação de nadar, ou seja, um verbo. Melhor ou pior são termos empregados geralmente próximos a verbos.
Agora, observe:
O atleta mais bem preparado conquistou a medalha de ouro.
Na ocorrência de expressões adjetivas com verbos no particípio, utiliza-se a expressão “mais bem”, ao invés do advérbio “melhor”. O uso da expressão é correto nessa situação porque o “mais” se refere à expressão “bem preparado”. Ou seja, ela não é sinônimo de “melhor”, que geralmente traz o sentido de “mais bom” (cujo emprego é errado).
Então, quando há verbetes no particípio, o uso da expressão “mais bem” é recomendado. Ainda que haja sensação de erro gramatical, os estudiosos da língua garantem que essa é a maneira mais aconselhada para elaborar uma sentença.
Outros exemplos:
As casas mais mal construídas serão pintadas.
João fala inglês melhor do que seu colega.
Ricardo aprendeu alemão na escola mais bem estruturada de São Paulo.