A técnica da “impessoalização”



 

Em diversas situações comunicativas, usa-se a técnica de impessoalização para dar autoridade a um argumento ou para enfatizar o fato/ ação.

Exs:

É preciso diminuir a duração das reuniões na empresa (em vez de “eu acho que as reuniões devem ter uma duração menor”, que é uma formulação bastante pessoal)

O relatório contém um erro de digitação (em vez de “o Fulano digitou uma palavra errada no relatório)

Pode-se, portanto, usar expressões como “é preciso”, “deve-se” ou redigir um agente inanimado como “o relatório”, “a empresa” para impessoalizar a frase.

Mas o que se percebe, em especial na comunicação oral, é o uso inadequado do pronome “você” como forma de impessoalização.

Exs.:

Você tem o julgamento do mensalão. (em vez de “está ocorrendo o julgamento do mensalão”

Você tem um processo e você tem 5 etapas. (em vez de “o processo é composto por 5 etapas” – versão até mais concisa do que a primeira).

Note que não há motivo para usar o “você” se as declarações dos exemplos acima não se referem a alguém de fato, mas sim a um julgamento, a um processo. Por isso, embora frequente, o uso do “você” para impessoalizar uma frase deve ser evitado. Lembre-se: escolha palavras adequadas e precisas para que a comunicação seja clara

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